sexta-feira, 28 de setembro de 2007

google rei do mundo

Sessions tide, and put it on purpose -
this concept in the circle, the writing is not untidy.

Ton there is yet faith;
the faith and the drank coils and the hope ton of acres
all into the waiting.

véi, não sei fazer espaçosOmar made true feelings...
véi, não sei fazer espaçosWonderment cut and put out the skin…

The angel who asks 'center the sky',
he produces a message good of the bottle
where music lives.

The stillness. The dance resound.

It is this way the calm sea,
you have known expert knowledge.

segunda-feira, 24 de setembro de 2007

onde puxo tangentes numa tentativa de reprodução de parte do meu pré-sono ontem

tem causado algum estranhamento, parece, minha falta de ânimo para ficar até o fim, eu que sempre curti a vibe pós-agito, ser o último a sair, eu-não-quero-perder-uma-coisa, tal. justifico por estar cansado - (será um entre-travessões longo, então atentem para o fim dele e pela continuidade após) meu tempo todo tomado por aulas e trabalho, e ainda que faça muito pouco em relação aos dois, eles tão lá, tomando tempo e existindo e ocupando espaço. e rola até mesmo essa coisa de não estar fazendo nada, já que não acordo pra aula e não faço trabalhos e coisas, daí é mais chato ainda porque, pô, deveria (fim) - e é por isso, mesmo, mas não exatamente; porque antes não importava, qualquer coisa era facilmente contornável, tudo em nome da uniquidão, da zoeira bonita noite e manhã afora. não funciona mais como antes, sei lá. não que eu não vá sem uma pontinha de resignação, mas. tem algo a ver com não pertencer muito - mas ao menos não me embrenho em cômodos vazios, mais. ^^

há algo a ver com as cartas e a pala do eremita, que dizia

*fade-out, e fade-in em borrões coloridos rodopiando, zoeira master; mudança de assunto, tal como lembro ter sido*

muito palha, né, o tanto de coisas chatas armazenadas pra nós aí. familiares morrem, bichinhos de estimação também, e amigos. carteiras e coisas pequenas são fáceis demais de se perder, esquecer em algum canto. ainda acho loucão como é normal se arriscar no trânsito como se a pessoa média fosse sensata. ninguém entende nada direito, todo mundo querendo ter a última palavra. como não querer ficar de boa, longinho?

*coisas em loop, músicas, inclusive, e isso tudo que foi dito aí em cima, em meia-velocidade, ao contrário, daí sono*

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mas hein. hoje, por exemplo, acordei 9:15, devendo estar no trabalho às oito. ao menos já não importava mais, e pude tomar banho e desjejuar com alguma calma. mas massa mesmo é que vou dormir cedo hoje, vou sim.

terça-feira, 18 de setembro de 2007

we'll roll on with our heads held high (8)

manifestações aqui no trabalho esses dias. 'atos' é como chamam. o motivo não é importante (pra esse post) ou interessante, é neguinho sendo ladrão-polícia-capitão e querendo zoar os servidores concursados. estive presente nas duas, claro que meio de brink's (a primeira envolveu centenas, talvez milhares de cabides, há foto minha fazendo malabarismo com dois isolado de todo mundo, que vergonha. houve quadrilha, também), embora o motivo seja válido pacas; mas a de hoje foi especialmente massa.

(tom de história admitido a partir daqui)

meu horário, quando à tarde, começa às treze. chego, e logo na entrada - a do lado, não a principal - percebo que ela está meio fechada, uma porta de duas aberta, como que pra controlar o fluxo. surge do escuro um rapaz do sindicato que sabe meu nome (meu crachá não tava com o nome visível, tava ao contrário) me diz pra deixar minhas coisas no setor e ir pra área perto do plenário.
- 'ah, é? que vai ter lá?'
- 'hoje vai ser votado o projeto de *explicação hermética que não vale a pena transcrever*'
- 'ah, sim, sim, vou chegar lá, então' (como se eu algum dia já disse não pra algo)

daí subo as escadas, e pro local de trabalho; passo meia hora fazendo servicinhos, e pouco antes das duas somos todos convocados a nos reunir perto do plenário. vão os outros três (tavares, fabio e vandinha), e daí aquiesço, falo para irem na frente que eu já vou (tava mandando email pro customer service da vans). e vou, três minutos depois, e tranco o setor.

chegando lá, há um movimento razoável. o diretor do sindicato de terno e bochechas pintadas - uma faixa de verde numa, uma faixa de amarelo noutra. logo isso se espalha, bando de gente aderindo, menina loira que nunca vi vestindo a menor saia do mundo e passeando com guache na mão, indicador verde, dedo-do-meio amarelo. lembranças horríveis do dia do índio quando criança. eu evitava a mina, obviamente.

daí percebo que tudo ali é muito evento-de-escola em horário letivo, gente espalhada, conversando, nada como é normalmente. grupos formados, e eu não pertencendo de verdade a nenhum, passeio entre dois (heterogêneos pacas), sempre só ouvindo a conversa. meio agradável como olhavam pra mim bastante ao falar, parece que realmente queriam que eu ouvisse e tal, assuntos os mais variados. daí depois me desprendo do movimento e passeio um pouco sozinho pela casa (é assim que chamamos) toda - e é a mesma sensação quando saía meio escondido do auditório do inei, ou da quadra, e passeava por lugares sozinhos, sensação especial de não estar onde todo mundo tá, sei lá. é exatamente a mesma coisa, tudo, todos; a diferença é que agora é que são todos adultos, e eu tenho a chave da porta da sala.

de volta pra junto do resto, o grupo se esforçava pra fazer um bloco de gente que bloqueasse a entrada e impedisse os que trabalham no plenário (taquígrafos e coisas) de entrar lá, para que o projeto o qual são (somos) contra - este ilegal, aliás - não fosse votado. coisa louca, eles ignorando o pedido dos seguranças, respondendo de volta. firmões, todos, sendo um portão humano.

imagino que, de lá, eu sou a única pessoa (talvez tenha de excetuar o povo da coordenadoria de informática) que já jogou age of empires. assim sendo, me ocorre que há uma entrada do outro lado, no estacionamento interno, a qual eles podem estar usando. vou lá por conta, e, certo como a chuva, entram assessores e taquígrafos e deputados por lá, como paladinos prontos pra atacar a nossa cidade ('nossa', é; faltava alguma identificação pra eu me sentir incluso na coisa). mas claro que não aviso ninguém, e demora a eles mais de meia hora pra alguém constatar a possibilidade - e isso é só quando alguém volta da galeria do plenário dizendo que ué, mas estão quase todos lá dentro. mobiliza-se um grupo pra ir pra lá, e eu os sigo, mas foi algo ridículo, tipo doze pessoas. quase clico um mouse imaginário no ar, seguro o botão fazendo uma diagonal de tal forma a selecionar todos e mandá-los construir uma watch tower, sei lá. me pergunto se há pedra e madeira o bastante - e do outro lado do estacionamento há a carpentaria, onde o carpinteiro serra umas tábuas. rio sozinho com situações imaginárias, me entreto com elas.

daí transito inquietamente entre os dois exércitos pra ver o que acontece, e vou pra longe, pra todos os lugares, como se fosse achar algo - não necessariamente relacionado, nem nada, só algo. ando sozinho, eu que conheço o lugar inteiro (já cobri diversas vezes pro tavares na entrega de correspondências, tal), e sentimento inei oh, tão forte. triste não ter amigos pra compartilhar, lembrar disso depois junto, mas houve horas lá (no inei) que também foi tudo feito na solitud vibe. compro um casadinho na banca.

resolvo descansar no setor, e checo meu email Gmail - Inbox (1), e é a resposta do povo da vans. diz que eu preciso ligar lá pra completar meu pedido. não há ninguém por perto, no que é de boa falar inglês, e então ligo. o atendimento automático é todo jovial, cumprimenta com 'hey', menina de 21 anos (que usa vans) falando, parece. quando falo com a atendente de verdade é a mesma voz, vejam só. simpática pacas, ela. resolvemos tudo e ela se despede com um 'bye-bye, flahvee-oh' sorrindo. entra a célia na sala e eu tenho que decidir, em um segundo, se eu sou antipático com a christy ou se digo 'bye' na frente de pessoas, o que pode ser mal-interpretado. decido que quem é ela pra me julgar?, despeço de volta. a celinha nunca julgou ninguém na vida, de toda forma.

volto a passear, vendo as pessoas. há uma mulher, a mais bonita da câmara (e imagino que nos seus quarenta, já) conversando com a amiga de uma amiga da mãe de um amigo meu. eu conheço as duas, e elas parece que riem de mim, falam de mim de longe. deve ser pelo fato deu não parar quieto em um só lugar, sempre com cara de perdido (elas se mantiveram no /exato/ mesmo ponto durante as, sei lá, quatro horas de manifestação). e há gente realmente em estado de guerra, é muito massa. no lugar-mor do ato eles pegam um quadro de recados enorme e carregam pra frente da porta. impossível não pensar em stone wall; colocam uma mesa na frente do quadro e daí fortified stone wall.

post ficando longo, ninguém gosta de post longo. enfim, no final das contas o projeto foi votado e aprovado e ficamos nós todos tristes, mas parece que uma entrada na justiça está em ordem, e provavelmente uma greve, que será decidida em assembléia amanhã. vocês ouviram aqui primeiro.

terça-feira, 4 de setembro de 2007

trevor, the chipmunk

cortando a faixinha, sobre ficar triste e outras coisas, por que não.

digo dessas vezes em que há apenas uns esboços de razão, todos bem fracos, quase impostos. vai-se sem muito propósito à cozinha, um copo d'água é enchido por ser a coisa mais óbvia a se fazer por lá. por um instante se foca meio borrado na sensação do contato da água com os lábios, a boca; olha-se pros azulejos de granito, rascunha-se uma tentativa de formar uns padrões, uns desenhos com as miudezas estampadas. antes de qualquer coisa, ou depois talvez de um rosto, vem a desistência, e a atenção se vira pras linhas que separam os azulejos. aí a resignação é ainda mais rápida, na falta de algo imediato a ser procurado - e, houvesse, não o seria, de toda forma, não de verdade. processos análogos por mais um tempo, em ciclos, ciclos de ciclos etc.

é engraçado, mesmo. há um limite, um ponto onde não se alcança mais nada, mas ainda assim se empurra; é a coisa mais difícil de não se fazer, menos trabalhoso que largar quieto. na falta de motivos, há sempre o passado, intocável, como último recurso; as noites em lugares barulhentos, as pessoas que nunca mais serão vistas. e, ainda que há muito já se percebeu como é ridículo e bobinho, não há ninguém por perto, tem-se você como sua própria referência, daí há espaço pra tudo isso adquirir grandeza e importância livres, arbitráveis ao infinito, e quase sempre acaba em níveis lunáticos. fica-se tão absorto nesse mundinho que, aparecesse alguém do nada, cogitaria-se rapidamente* risadas histéricas** como alguma espécie de defesa. tanto que se ri um pouco, de leve, sozinho mesmo, havendo timidez o bastante.

*rapidamente como em impulso imediato e logo antagonizado e eliminado por, sei lá, senso comum?

**rir histericamente, aliás, nessas situações, considero um recurso melhor que chorar, mas não por muito. nenhum dos dois faz, hm, meu tipo, de toda forma, nunca fez.

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não é o caso agora, esclareço. agora quero dizer que quase qualquer coisa de certo e duradouro (e do oposto, também, mas) que já escrevi foi nesse estado, mesmo, já que não levo jeito pra espertinhezas. das melhores de verdade, as mais significativas, foram dois de nós assim: quando eu e john - trevor, enfim - escrevíamos. era algo ridiculamente especial. relendo não consigo lembrar por minha vida quase nada do que eu escrevi, o que ele escreveu - genuinamente não importava, acho. chuto que, se contarmos, contabilizamos o exato mesmo número de caracteres, e em cada peça uma razão bonita entre os números.

perdemos contato, nós. peguei o nome pra mim. acho que é má idéia tentar uma reaproximação.

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when i was little, my parents used to take my sisters and i into the city. we piled into a car with a broken door and no rearview mirror.

every mile was a miracle.

i was the middle child in my family. on account of my misfortune, i had to sit in between my other siblings. i used to hold my head in my hands and think about cloudy days and hurricanes. it helped me cope with the absence of air conditioning.

we drove on a lot of side roads. i always hated it when we didn't take the highway, because i became easily car sick. my favorite part of the trip was when we crossed the steel bridge that stretched over a black river.

it took two hours to get to the city, so there are two paragraphs devoted to this dreaded car trip.

the city always seemed cold to me when we went there. i used to joke with my parents and say, why is it called november? it should be called coldvember. my father used to smile at me and he told me to stop acting silly. what really got me was that even if it was blistering hot outside of the city, it always seemed cold in the maze of buildings.

the city was also very dark. i used to be intimidated by the amount of people wearing black suits. i used to pretend that the city was a sort of "training ground" for the army. i would shoot imaginary bullets at imaginary communists out of my fingertips. i also addressed everyone as "comrade". i blame my grandfather telling me about the red army when i could barely talk.

he made me more paranoid then the russians themselves.

my mother always insisted that i held onto her hand like it was the only thing keeping me in the real world. i wish i had someone to hold onto now. my mother cannot fill that gap any longer.

i miss childhood. i miss being able to devote my life to sunday morning cartoons.

i met my first homeless man in the city. i will never forget it. he called himself emmanuel and he had a beard that would rival father time's. i remember that he was wearing a bright red hat that matched his ears; emmanuel must have also noticed the chill of the city. he told me that it pained him to see such a young and innocent boy such as myself. he said he remembered going to coney island when he was young, and he used to get lost on the beach and strangers would always help him find his parents. he said that if a child like myself got lost on that beach, i would probably be kidnapped and never seen again.

emmanuel told me how the city was slowly becoming "the antithesis of hell but still it contained the demons of sheol". my adolescent eyes just blinked back tears of pity and yearning for awareness.

my memory tells me that this old man was very frail. his legs were like chicken bones and his skin was weathered and loose. his voice was strained and broken, like an old vinyl record crackling through a phonograph.

i talked with emmanuel for probably around 3 minutes. my parents were purchasing hot dogs and my sisters were chasing pigeons on the sidewalk. they never felt the cold chill of the city.

i stood there looking at emmanuel for a short period of time in silence. i stood there in awe of this worn out and insane old man. even to this day, i remain silent as i remember emmanuel and his perfect world of discord.

my family still travels to the city. many things have changed, though. the car is no longer broken and i no longer sit in the middle. i have claimed my male dominance over my sisters and now i sit next to the window, with my eyes firmly set on the horizon.

i can also no longer fight imaginary communists either. the sight of a finger rifle would probably arise an ignorant suspicion from the midnight populace. every year my family travels to the city. every year it gets a little colder.

el ultimo excerpto

entonces, lo que ocorre es que, como ustedes, mis (en parte) caros lectores, saben, hace mucho tiempo no me gusta lo que escribo. y, sobre todo, no me gusta quedarme incomodado por eso. además, por más tontos y bromeantes que sean mis posts, por veces soy obligado a analisar minunciosamente cada un de ellos. y también siempre que decido dejar de postar, tengo unas buenas ideas.

la gran mayoria de los lectores de ese (aquello) blog o conocem como el blog de flávio (o pookie, como quiseres). ah, eso no es verdad, hubo (e hay) muchos otros, e pedevalsa no fue, ni de lejos, mi mejor. por supuesto, supongo, aún oirán de mí, pero no aquí (allí) y no ahora.

no voy a contarles las otras - las principales - razones que me llevan a dejar de escribir aquí (allí), porque son unas razones tristes, y cualquier despedida ya es lo bastante triste por sí misma. mejor que eso, les diré que pasé algunos muy buenos momentos escribiendo aquí.

a partir de aquí, curiosos lectores, tendrán que seguir ustedes solitos. ojalá hayan disfrutado con los breves momentos que compartimos juntos, ojalá les vaya bien en el camino y ojalá no me echen de menos. un fuerte abrazo a todos.