sexta-feira, 25 de julho de 2008

não deixe o samba morrer via rp10m challenge

amigo meu disse de algum compositor brasileiro esqueci qual cujas músicas pareciam ter nascido prontas, e eu apontei que mesma coisa com elliott smith, que irretocáveis, acho que penúltima vez que expus algo em conversa grupal. mas ouço demos, versões anteriores e pô, é verdade, uau, eita, podia ser assim também. não acho que ele tinha idéia da força das coisas dele.

crítica de arte é engraçado. já escrevi uns reviews pra natimorta totalkillerbee e coisos pro tinymixtapes quando bem mais gueto (não adianta procurar), mas sempre buscando ser mais engraçado do que preciso. acho que é uma coisa que rola de se fazer bem, sim, sério e tudo, mas pra ter um mínimo de precisão há de ser de e para gente que entende, entende pra cacete. o que é palha com filmes, com música, até livros, que a pessoa burrinha vai lá e lê e pega uma impressão totalmente errada - ou superficial, o que é mais massa, e é prudente do crítico fazer. porque rola de comentar técnicas, contexto, sei lá, mas o ponto todo, a parte que importa, nunca vai ser precisado de verdade, nem de perto (e se sim, não vale a pena ser criticado, boto fé). e, ainda, se há alguém que consiga, não deveria pôr seu tempo e esforço em falar de obra dos outros (salvo se for pra fazer uma parada própria com níveis de referência, coisas se entrelaçando, mas se foder níveis de referência, né - na verdade acho massa em conceito, mas ignorantão aqui, whoosh, geralmente, por isso me dou mais com coisas auto-contidas). daí acontece que seguindo esse raciocínio qualquer forma de arte deve, também, ser feita e direcionada por/a gente conhecedora e apreciadora profunda, mas acontece aí que não é o caso, que rola toda a magia de às vezes chegar neguinho chegar nas tora com nada além de uma alma massa e pá, faz o mundo todo consoar em verdade e beleza. mas claro que falo aqui como receptor level tipo 39 (de 70, claro) de música pop, ridículo em todo o resto. tanto que me sinto mal ouvindo coisas mais pretensiosas, lendo livros realmente bons. livros especialmente é tipo uma ofensa ao autor, tanto pela minha ignorância ('oh, massa, estorinha, uns sentimento ae') quanto por meu espã de atenção, que exige algum desleixo pra conseguir terminar qualquer coisa que não me seja terrivelmente familiar.

ando burraldão em criar, também, o que era tipo onde eu esperava alguma redenção, mas a batalha já foi escolhida e portanto tamos aí. em segundo pensamento o samba às vezes deve ter de ficar em hiato, mas tá faz tempão demais. acabou o tempo bem agora, que massa.